Biografia
Frei Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu em 1739 em Guaratinguetà, cidade do interior do Estado de São Paulo no Brasil.
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Vida de um Santo
O pai Antônio Galvão da França, era um imigrante portugues e pertencia à Terceira Ordem Franciscano. Sua mãe Izabel Leite de Barros, era filha de proprietários de terra, mulher extremamente caridosa, teve onze filhos e morre aos 38 anos.
Aos treze anos Antônio foi mandado pelo pai para uma formação cultural e religiosa, a estudar no Seminário dos Padres Jesuitas, no colégio de Belém na Bahia onde jà se encontrava seu irmão José. Este seminário, fundado pelo padre jesuita Alexandre de Gusmão, era famoso pela excelente ensinamento.
Estudou com proveito e progrediu na prática, mas em 1756, pela perseguição contra a ordem dos Jesuitas mandada pelo Marques de Pombal, foi fechado este seminário e Antônio, já com 16 anos e com o conselho do pai, decidiu entrar no convento franciscano em Taubaté. Com 21 anos entrou no noviciato do convento São Boaventura em Macacu, Itaboraí, Rio de Janeiro, onde adotou pela sua vida religiosa o nome de Sant’Anna Galvão, em homenagem à Santa.
Em 16 de Abril de 1761 obteve os votos. Um ano depois, quando tinha 23 anos e apesar da sua jovem idade, foi ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro.
No transferimento do Rio a São Paulo, Frei Antônio de Sant’Anna Galvão parou em Guaratinguetá para celebrar na sua terra natal a "primeira missa", a principal, para o gaudio da sua familia e de todos aqueles que vieram para a cerimonia, realizada na igreja onde o santo tinha sido batizado.
Sucessivamente foi enviado ao convento de São Francisco em São Paulo onde terminou os estudos de filosofia e teologia. Um dos primeiros atos de Frei Galvão como sacerdote, foi aquele de fazer a sua consagração como "Servo e escravo" de Nossa Senhora, ato que assinou com o proprio sangue no dia 9 de novembro de 1766. Este episódio, dois séculos depois, foi reproduzido em um quadro a óleo, do franciscano Frei Geraldo Roderfeld, agora exposto no Hospital Frei Galvão de Guaratinguetá.
Terminados os estudos foi nominado predicador, confessor dos leigos e porteiro do convento, encargo considerado muito importante para o contacto com as pessoas. Como predicador era extraordinário no anunciar a palavra de Deus. Foi um confessor estimado e procurado e ia a pé também nos lugares mais distantes para satisfazer as chamadas.
Em 1769-70 foi nominado confessor de um "Recolhimento" de pias mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa" em São Paulo.
Com o passar do tempo a saúde enfraquece e obtém uma permissão de deixar o convento franciscano e de morar definitivamente no Recolhimento que era a sua obra.
Morreu no dia 23 de dezembro de 1822 assistido pelo Padre guardião e pelos outros irmãos. O corpo foi sepulto na igreja do "Recolhimento da Luz", a pedido das freiras e do povo. A sua sepultura e ainda hoje meta de peregrinagem dos fiéis.
Frei Galvão rezava, confessava, conselhava, tratava os doentes, expandia a sua fama de santo.