Meditações


Pecado

Monastero

Nos nossos tempos a sociedade de caráter libertino propôs conceitos materialistas contrários ao homem com o propósito de esvaziar de todos os significados a palavra "Pecado", apesar do pecado ser uma ofensa a Deus, um afronto à razão, um ataque à consciência e um delito para a alma.

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A conversão requer a convinção do pecado

Eles afirmam que o pecado deve permanecer no passado, agora em tempo de progresso, é justo e lécito satisfazer livremente todas as concupiscências sem olhar ao moralismo.
Então, podeis afirmar de terem visto um assassino contente, um adúltero fazer feliz à sua outra metade e um seminador de ódio recolher amor?

Os dez mandamentos não são proibições feitas por Deus, severo e desejoso de impor a sua lei, mas um avertimento sobre aquilo que nos faz afastar Dele, do bem, da felicidade. Observando o decálogo se tem a oportunidade de evitar prepotências, enganos, esfrutamentos, maldicências e toda uma série de atos que teriam um poder positivo também para toda a sociedade civil. Se sabe que a vanidade, a sensualidade, o apego às comodidades e aos prazeres conduzem em primeiro lugar à insensibilidade e depois ao orgulho, à avaricia, à ira, à luxúria, à preguiça, à inércia que, se repetidos em ações quotidianas, geram vícios, inclinações perversas e escravidão. Cada disordem tem como origem uma paixão que, ligada à concupiscência, corroi a luz do intelecto.

E’ triste zombar, ofender, roubar porque conduzem consequentemente àquela ruindade que reflete o nível do próprio egoismo. Graves são as faltas carnais, aquelas espirituais, do pensamento, da palavra que escurecem, turbam, enfraquecem a alma. Sem dãvida a mais pérfida, a mais maligna é o orgulho porque tira a luz da alma, a corrompe no juízo, a liga em modo tremendo ao dinheiro e à avaricia, faz amar às corrente humanas, faz encontrar delícia nas espinhas que ferem.

Um pecado a ressaltar é o "escandalo" que induz outros a cometer um pecado mortal com um dano incalculável à alma deles. As palavras de verdade do Evangelho deveriam fazer refletir quem está na culpa: "Coitado do homem que per culpa sua acontece o escandalo! Seria melhor para ele que lhe fosse amarrada no seu pescoço uma roda que vem girada por uma mula e fosse mandada nos abissos do mar"
(cfr. Mt 18, 6-7).

Existe, além dos vícios capitais e aos pecados mortais, o pecado venial que, mesmo sendo o fruto de uma leve falta, provoca um desvio a uma moral irrepreensível, enfraquece a caridade, obstácula os progressos da alma e, se vem repetido, ataca a vontade e predispõe ao pecado mortal. O pecado, é bom evidenciá-lo, é essencialmente uma ofensa a Deus, ao amor, à caridade.
Está escrito: "amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante deste".
(Mc 12, 31).

E’ bom, portanto, impedir às paixões de apagarem a luz da fé e de serem livres de interrogar a consciência sobre as faltas, porque agir em modo irrepreensível depende exclusivamente da nossa vontade. Precisa-se afastar de nós a vanidade e as mentiras. Precisa-se vigiar com o intelecto sobre o que é bem e mal e seguir as palavras de Jesus: "Sejais perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste"
(Mt 5, 48).

Todavia para aquistar as virtudes e obter a vitória sobre as imperfeições é necessário a ascenção espiritual.

Por isso devemos escutar quem é aval da misericórdia de Deus, porque o seu único escopo é de nos fazer abandonar a estrada do pecado para uma conversão ao amor. Não deixemos para amanhã aquilo que se pode fazer no presente. Tenhamos como nosso companheiro o temor de Deus e pecaremos de menos. Se sabe que o pecado afasta o amor, o bem e as virtudes; por isso se desejamos restabelecer a união com Deus, devemos atuar uma sincera constrição e arrependermos nos males cometidos.

Refletes

Entra novamente em si mesmo e consideras que o pecado mortal é um mal imenso, e não podes negar de conhecê-lo. Frequentemente te disseram que o pecado é o mal pior que se possa fazer, porque traz uma malícia quase infinita que ofende e intristece Deus.

Apesar disto tu ti ribelaste disprezando a amizade de Deus, faltou de respeito e causou aflição ao Seu coração! Lançaste um desafio: "Porque devo escutar a tua voz? Eu não te conheço e não quero servir-te".

O teu comportamento exprime um pensamento comum: "Senhor, tu mi convidas a viver segundo a tua lei, todavia quero viver como me agrada. Eu desejo ter as minhas satisfações e por isso não quero escutar-Ti".
Ah, mísero, pobre e cego! Tu, como podes dar tantas injúrias ao Senhor? Que mal te fez e porque o ofende deste modo? Diga-me que coisa podia fazer a mais para o teu bem? Ele que te donou muitos talentos, que te escolheu como amigo e também como filho, tu como o agradece? Com o pecado e a injúria! Não credes que outras pessoas, se tivessem recebido as mesmas Graças, O teriam correspondido com muito fervor?

Para um cristão a ofensa a Deus é um ultraje horrendo. Tu que deverias defender Deus das muitas ofensas do mundo, tu que com o exemplo deveria conduzir outros ao seu amor, como tens a coragem de ofendê-lo? Não uma vez mas repetidamente, e instigou outros a fazê-lo.

Ah quanta malicia? Ah que ingratidão! Ah que perfídia! Não eras digno das suas graças e iluminações, merecias cada condenação e mesmo assim Ele te suportou. Agora o Onipotente te chamas à penitência e tu? Continuarás a ofendê-lo?