Esperança

Vangelo

Esperança no Evangelho

II mensagem que Jesus nos deixa antes que a última vontade do Pai se cumpra em sua vida terrena é uma mensagem de esperança, pois: "Não devemos temer nada, não devemos fugir de nada, porque ele estará sempre conosco, todos os dias de nossas vidas". E Pedro, o Apóstolo através do qual Jesus "construiu" sua descendência, afirma em várias ocasiões, este conceito: a vida sempre trará consigo alegrias, mas também sofrimentos, paz, mas também tormentos, força, mas também fraquezas.

O Apóstolo nos encoraja a não nos desanimarmos, a não respondermos mal ao mal; justamente nos momentos de maior tristeza e desânimo. De mal-estar físico ou tormento inferior que cada um de nós é chamado a responder abençoando (falando bem). "Quem poderá prejudicá-los se vocês forem fervorosos no bem? E mesmo que tenham que sofrer por causa da justiça, benditos sejam vocês! Não se assustem com medo deles, nem fiquem perturbados, mas adorem o Senhor, Cristo, em seus corações, sempre prontos para responder a todos que pedirem a razão da esperança que está em vocês"
(1 Pe 3, 13-15).

Confiar totalmente no Senhor traz consigo uma esperança infinita. Uma esperança tão enraizada que surpreende até mesmo aqueles que querem nos fazer mal, tão tranquilizante que desconcerta qualquer um. Nas Sagradas Escrituras, insiste-se muito nessa indispensável aliança com Deus como fonte de esperança. De fato, é na fé em Deus que se alimenta a espera de um mundo que não pode desapontar nossas esperanças. A esperança, portanto, se traduz em promessa, uma nova possibilidade para a própria vida, realizada desde o momento em que se deposita total confiança naquele que promete.

Com a vinda de Jesus Cristo, essas perspectivas se enraízam e se tornam realidade no presente. Podem se tornar realidade imediatamente, pois "todas as promessas de Deus se tornaram "sim" nele. Por isso, por meio dele, todos nós proferimos o "Amém" para a glória de Deus. É Deus mesmo quem nos confirma, juntamente com vocês, em Cristo" (2 Coríntios 1, 20-21). Embora um dia só haja alegria, as presentes aflições permanecem. Paulo nos ensina: "A tribulação produz a perseverança, a perseverança, a virtude comprovada, e a virtude comprovada, a esperança. E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5, 3-5). Esperar significa viver dia após dia o amor divino que nos é concedido pelo Espírito Santo, d'Ele podemos receber os Dons Santos.

Viver na esperança não significa esperar passivamente por um mundo melhor, mas tirar do ensinamento de Jesus a força para viver de maneira ética e moral, de acordo com a vontade do Pai. Cada um de nós pode aceitar as dificuldades diárias e, ao mesmo tempo, agir pelo bem comum, esse será o germe que melhorará toda a sociedade que agora se encontra no pecado.

"Exortamo-vos, irmãos: corrijam os indisciplinados, animem os tímidos, sustentem os fracos, sejam pacientes com todos. Cuidado para não retribuir o mal com o mal para ninguém, mas sempre busquem o bem entre vocês e com todos. Estejam sempre alegres, orem constantemente, deem graças em todas as coisas [...]. Não apaguem o Espírito; não desprezem as profecias; examinem tudo, fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal. Que o Deus da paz os santifique por completo"
(1 Tessalonicenses 5, 14-23).

Mais uma vez, é Paulo quem sugere qual deve ser nosso comportamento na vida cotidiana; todos os conselhos têm como objetivo corrigir e nos corrigir daquilo que nos afastaria mais do ensinamento de Cristo; nenhum deles é escolhido ao acaso, assim como não é aleatória a fórmula que ele usa para a bênção final; ele se dirige ao "Deus da paz" porque ninguém mais do que Paulo sabe quais tormentos leva viver longe desses preceitos, em que agitação, insatisfação, desespero pode-se facilmente cair. E não é por acaso que seja novamente Paulo a insistir no "empenho na fé", na "atividade na caridade" e na "permanente esperança no Senhor nosso Jesus Cristo"
(1 Tessalonicenses 1, 3).