Mãe de Deus

VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS

É possível que os cristãos não tenham compreendido o seu verdadeiro valor como seres humanos para Jesus e para Sua Mãe. Talvez, meditando Sua Paixão, enganam-se ao pensar que a morte de cruz foi o final do episódio. Todavia, o sofrimento do Filho de Deus e de Maria ainda não chegou ao fim. Os seres humanos são pecadores e, enquanto ainda houver um pecador sobre a face da Terra, cada pecado cometido, causa uma ferida no corpo de Jesus e uma dor no Coração de Maria.

O doloroso sacrifício continuava. O caminho em direção ao Gólgota era difícil por ser longo e devido à condição física de Jesus e ao peso da Cruz que mais parecia uma rocha sobre Seu ombro ensangüentado.

A dor dos pecados do mundo escurecia Sua mente. Era empurrado como um animal levado ao matadouro. O tumultuo da multidão ao longo do caminho, as zombarias e os insultos se somavam à Sua intensa dor. Onde quer que Jesus olhasse, percebia o povo destilando odio, rancor, hipocrisia, desprezo, desfrutando cruelmente de Seu sofrimento.

Ele se encontrava sozinho num mar de dor de todo tipo. O povo que o havia exaltado com "Hosanas", estava agora sedento de sangue e desejava, cheio de odio, a morte de um inocente. Com o coração endurecido, estava pronto, tal uma hiena, a deleitar-se de sua presa. Esquecera-se de Seu Deus.

No meio dessa multidão que avançava, estava Maria, prostrada, que seguia Seu Filho condenado à morte. Que imenso ato de amor! Sem importar-se com a fúria do povo, queria caminhar ao lado de Seu Filho. Que tristeza e desgosto sentiu ao ve-Lo neste estado deplorável. Com os olhos cheios de lágrimas, viu Suas feridas: o sangue correndo dos ferimentos provocados pelos espinhos incrustados em Sua cabeça e Suas costas em carne viva pelas chibatadas que havia levado. Viu Seu corpo febril tremendo e imaginou Sua intensa dor.

Estava horrorizada, debilitada por noites de insônia, lágrimas derramadas e a dor de saber que Seu Filho, condenado a morte, encontrava-se aí. Não podia abandonar o Filho que Seu Deus havia gerado em Seu ventre.

En medio de aquella confusión, en el tremendo avanzar caminando encuentro a mi Mamá en la tierra. Estaba esperando a su hijo condenado a muerte. ¡Qué maravilloso acto de amor me demuestra! Sin cuidado del furor del pueblo, quería estar cerca mío, que tremenda fue su sorpresa al verme en ese estado.

Con sus ojos privados del llanto vio las heridas y la sangre fluyendo de las espinas incrustadas en la cabeza y de la espalda. Vio el temblor de mi cuerpo febril y el intenso dolor. Ella estaba, horrorizada de tanto, debilitada por las noches de insomnio, por las copiosas lágrimas derramadas y el dolor de saber que su hijo, condenado a muerte, estaba ahi. No podía abandonar al hijo que su Dios generó en su vientre

Em Seu olhar, Jesus viu o intenso amor, a piedade, o desejo de estar em Seu lugar se havia sido possível, neste sacríficio. A Mãe, que, quando criança, o havia embalado com tanta ternura sobre Seu coração, não podia, naquele momento, nem sequer, estender-Lhe o braço. Vendo-a assim, tão estonteada e dolorida, Jesus pronunciou a mais bela palavra: "Mamãe!" Foi um grito que saíu de Seu coração, um desabafo diante de tanto calor humano. Ela entendeu e, neste momento, Seu coração se uniu ao de Jesus. Seu amor fluiu tal uma gota de orvalho sobre uma pétala ao sol, e Ela respondeu: "Filho!".

O amor, a adoração, a infinita piedada, a imensa ternura; tudo concentrou-se naquela doce palavra. No meio do imenso odio, por um pequeno instante, encontrou a pessoa mais querida e amada. Animando-se, agradeceu: "Obrigado, Mamãe, pelo Teu Amor. Agora retomo o caminho da dor, mas Tu estás em Meu coração!"

Extraído do livro: "Abrirei uma estrada no deserto"
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