" Eu sou o arco-iris da noite, nascido nas trevas desta noite de
magia. Me preguntaräo quais säo minhas cores, fechem os olhos e
as veräo."
Yuan Baladán Gadea, musicista e poeta uruguaio, nascido en
1942. Preso por motivos politicos em 1971, permanece na prisäo
até 10 de Março 1985. E' solto dela amnistia aprovada pelo novo
governo democratico. Durante sua detençäo continua a compor
música. Pertence a este período a obra "Sierras del Yerbal"
publicada na Holanda em 1982.
Na Italia o poeta publica "Cantos de amor e esperança" e "Tenho
que inventarte amor..."
En Maio 1989 sae o libro bilingue italiano-espanhol " Vou
sonhando caminhos" na ediçäo "Nuovo Mondo" en Miläo.
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Pequeno, calmo atrás de tua barba branca escondese uma criança, curiosa, sedentaria e andarilha que brinca con estrelas e cores voa sobra as cidades e entre bétulas descansas. Sonhados rios refrescam o sonho de tuas manhäs e brincas de pegar sonhos: rouba-lhe petalas deles e inventa palavras e dramas e poesias. Alquimista, inventor de futuros andas pelo mundo doando livros de poesias-flores; criando casais que na neblina respiram-se a alma, un arco-iris na noite, ou trens que sonhan longe em perdidos sertöes. Pequeño, calmo, detrás de tu barba blanca se esconde un niño, curioso, sedentario y andariego que juega con estrellas y colores, vuela por las ciudades y descansa entre abedules. Ensoñados ríos mojan tus dormidas mañanas y juegas a perseguir los sueños: les quitas sus coloreados pétalos y les inventas palabras y dramas y poesías. Alquimista, inventor de futuros, vas por el mundo regalando libros de poesías-flores; improvisando parejas que entre la niebla se beben el alma, un arco iris en la noche, o trenes que sueñan lejanos en perdidas estepas. Poesía de Juan Baladán Gadea
amarrada a uma teia de aranha uma folha amarelha de outono livra-se no céu prisioneira feliz levada por un fio de vento embaixo jazem sobre a relva suas tristes companeiras e duas pequeninas flores sorrien ao sol amarrado por un fio de aranha eu também papagaio de outono voo ainda feliz levado por una teia de vento quando quebrar o incanto eu também cairei entre as folhas mortas e o inverno me pegara num sono sem primavera
cae a primeira gota no meu vidro cuidadosas as outras procuram o caminho agora enlouquecidas correm tocam-se acariciam-se amam-se pequenas gotas no meu vidro
Gibran K. Gibran estar nus no vento e brincar com sua pele deixarse beijar pelo mar pela chuva pelo orvalho pelos humores de uma noite quente de veräo fazer um manto com a luaque brinca entre as árvores e quando o sol subir alto no céu derreter-se no seu quente suspiro
você en vigília e eu espero meu acordar vejo te já mas meus olhos estäo fechados e imóveis säo minhas mäos você falha comigo e eu näo escuto falo mas näo ouço o som da minha voz estendo-te a mäo mas ela näo chega até você que me oferece algo que näo consigo pegar vejo teus olhos que me observam mas ainda säo somente os olhos da alma
R. Tagore as vezes minha felicidade te assusta meu amor nasce do nada e se nutre de pouco de larvas invisíveis que o vento transporta de fragmentos de medo que se dissolvem no calor de migalhas de serenidade caidas das mesas dos pobres de um raio de sol que acorda vagalumes adormecidos em gotas de orvalho se você me ama meu amor perdoa minha felicidade
R. Tagore eram dois olhos azuis quentes infinitos ternos começamos a brincar de jogo em jogo conheci o amor de carícia em carícia conheci o jogo e agora o mundo virou uma festa a festa amor e o amor mundo
Bob Dylan talvez näo conhesías as cores de tua mente e me inventaste para que as doasse a você juntos peregrinamos teu mundo meu mundo nosso mundo e agora nossas cores aprenderam a brincar e ainda näo se conhesem
sopro do universo assobia uiva o vento nos rochedos acordada em seu sono responde devagar uma marmota toca o pastor uma flauta melancólica e as notas trasformadas em suspiro do homem beijam o rebanho de ovelhas rolam pelos vales e barrancos perdem-se na harmonia do silêncio
te sinto te vejo com o olhar te acaricio con meus olhos te toco percebo que respiro você revelate que eu possa sentir que existo por você também
quando for embora te deixarei um papagaio um papagaio fremente ao vento amarrado por ser libre libre porque você segura sua corda de deixarei um papagaio será minha última poesia tal vez para ti näo será a primeira