Boas-vindas e saudações aos presentes à Missa e à confraternização
no dia 07 de setembro de 2014 no Pontifício Colégio Pio Brasileiro


Excelência Reverendíssima Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, Presidente desta celebração eucarística,

Eminência Reverendíssima Dom João Braz de Aviz, digníssimo Cardeal Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica,

Excelentíssimo Senhor Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Dr. Denis Fontes de Souza Pinto, acompanhado de sua esposa Maria do Carmo, de Conselheiros, Ministros e Colaboradores da Embaixada,

Excelentíssimo Senhor Ricardo Neiva Tavares, Embaixador do Brasil na Itália,

Excelentíssimo Senhor Márcio Cambraia, Cônsul Geral em Roma,

Reverendíssimos Sacerdotes brasileiros que prestam serviços em diversos dicastérios da Santa Sé ou que estudam em Universidades Eclesiásticas em Roma e residem no Pio Brasileiro,

Estimadas Religiosas, prezados Religiosos, queridos Brasileiros e Brasileiras presentes em Roma, caríssimos italianos e italianas amigos do Brasil,

        Como Reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, dou-lhes as boas vindas e sinto-me feliz por vê-los presentes nesta tarde na Capela Nossa Senhora Aparecida para a Missa de Ação de Graças em comemoração aos 192 anos de independência do Brasil, em comunhão com todo povo brasileiro.

        Ao saudá-los, creio que interpreto os sentimentos de todos citando o poeta Gonçalves Dias que liricamente cantava na sua poesia CANÇÃO DO EXÍLIO:




“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida mais amores”.




        Aves, estrelas, flores, vida e amores nunca faltaram no Brasil. Mesmo antes da chegada dos europeus ao Continente Americano, sua natureza era povoada por verdes florestas, montanhas, planícies, rios, encantadoras praias e subsolos ricos em minérios e pedras preciosas, tudo embelezado e vivificado por variegada fauna e flora por toda parte. Terreno acolhedor que generosamente abrigou os nossos ancestrais cuja proveniência até hoje continua misteriosa. É a nossa pré-história, não escrita e documentada.

        A História começou a escrever-se com a carta de Pero Vaz de Caminha. Desde então temos muitas histórias para recordar, contar, celebrar e agradecer. São 322 anos de colonização portuguesa, de 1.500 a 1822. São 192 anos de independência, de 1822 até a os nossos dias. Tivemos dois Imperadores exercendo governos monárquicos. Foram sucedidos, após a proclamação da República em 1889, por 36 Presidentes exercendo assimetricamente governos democráticos, com mais ou menos liberdade e respeito ao Estado de Direito. Neste tempo o país cresceu demograficamente, economicamente, culturalmente e se firmou no cenário internacional, mantendo relações diplomáticas e pacíficas com todas as nações, graças a Deus e à índole do povo brasileiro.

        As sucessivas gerações rurais e urbanas desenvolveram abundantes e variegados empreendimentos agropastoris e construíram grandes cidades, fábricas, escolas, hospitais, portos, rodovias, aeroportos, geradores de energia, etc. Hoje nos sentimos devedores e agradecidos a todos os que nos precederam. Celebramos a realidade do nosso passado, inspirando-nos nele para um futuro ainda mais promissor. Em breve teremos as eleições majoritárias em todo território nacional. Oxalá saibamos escolher homens e mulheres honestos, competentes, dedicados ao bem comum que, efetivamente façam da política uma arte e forma sublime de exercer a caridade, a solidariedade e a justiça em prol de todo o povo brasileiro.

        Aproximam-se, também, os jogos olímpicos de 2016 nos estádios do Brasil. Possamos demonstrar ao mundo que a globalização se firme mais na solidariedade e na fraternidade do que na competição discriminatória e desintegradora que exalta e premia os vencedores e humilha os perdedores.

        Nesta capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, desde já podemos começar a preparar-nos para a celebração dos 300 anos do aparecimento da singela estatueta da Mãe do céu morena em 2017. Será uma grande festa para todo povo!

        Com estes pensamentos prossigamos a nossa Missa de Ação de Graças pelos 192 anos da nossa Independência e de nosso Dia da Pátria, neste “pedacinho do Brasil em Roma”. Amém.

Pe. João Roque Rohr, S. J.

 

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