Inferno


Inferno

Inferno

Anna Katarina Emmerick

Os Novíssimos - Paraíso - Purgatório

Freira e mística alemã, venerada pela Igreja Católica graças aos dons do vidente e de outros dons sobrenaturais, como estigmas, levitação, bilocação, adivinhação e êxtase.

O Emmerick afirmou que se ele foi para um cemitério, na frente dos túmulos, ele percebeu luz ou escuridão, dependendo se a alma do falecido que estava no céu ou no inferno.

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Abismo

"Quando estava amarrada a muitas penas e desconfortos ficava verdadeiramente pusilánime e sospirava. Deus, talvez, me poderia presentear somente com um dia tranquillo. Vivo o inferno".
Tive, então, uma sevéra advertência do meu guia, que me disse: "Para fazer de maneira que tu possas fazer uma comparação da tua condição quero te mostrar verdadeiramente o inferno".

Assim, o guia, me levou para o extrémo oriente, no local em que a terra é mais arida, pois muito mais distante da terra. Tive a impressão de ter chegado a um lugar terrível. Descí para um deserto gelo, numa região acima do hemisfério terrestre, na parte mais longinqua do mesmo. A entrada era deserta e, em percorre-la, notei que se fazia sempre mais escura e gelida.

Recordando o que ví sinto todo meu corpo tremer. Era uma terra de infinitos sofrimentos, com manchas negras aqui e lá carvões com uma fumaça densa que se levantava do solo: tudo estava envolvido numa profunda escuridão, como uma morte eterna".

À piedosa irmã, em seguida, foi mostrado, numa visão bastante clara, como Jesus, logo após sua separação do corpo,desceu no Limbo.

"Finalmente O ví (Senhor) caminhar com grande gravidade para o centro do abismo e se avizinhar do inferno.
Tinha a forma de uma rocha gigantesca, iluminada por uma luz metálica, terrível e preta. Um grande portão escuro servia de entrada. Era verdadeiramente apavorante, lacrado com fechaduras tridêntes e com correntes incandescêntes que estimulavam uma sensação de terror. De repente escutei uma gritaria, um grito horrível, os portões foram abertos e apareceu um mundo terrível e funesto.
Aquele mundo correspondia justamente ao contrário daquele da Jerusalém celeste e das inumeráveis condições de beatitude, cheio de frutas e flores maravilhosos e o aposento dos Santos. Tudo aquilo que ví era o contrário da beatitude. Tudo levava a marca da maldição, das penas, dos sofrimentos.

Na Jerusalém celeste tudo parecia modelado com a presença dos Beatos e organizado conforme as razões e relação de paz infinita da armonia eterna; aqui, entretanto, tudo aparecia uma discrepância de desarmonia, afundada na raiva e desesperos.
No céu se podem contemplar edificios indescritivemente belos e limpidos da alegria e adoração, aqui, entretanto, o contrário; cadeias inumeráveis e sinistras, cavernas do sofrimento, da maldição, do desespero; lá, no paraiso, se encontram os mais maravilhosos jardins cheios de frutas para uma alimentação divina, aqui, odiosos desertos, campos cheios de sofrimentos e penas e de tudo o mais de horrível que se possa imaginar.
Ao amor, à comtemplação, à alegria, à beatitude, aos templos, aos altares, aos castelos, às torrentes, aos rios, aos lagos, aos campos maravilhososo, à comunidade beata e armoniosa dos santos, se substitue, no inferno, o espelho contra-posto do pacífico Reino de Deus, um dilariante e desacordo dos danados.

Todos os erros humanos e as mentiras estavam junto nesse mesmo lugar, e apareciam como inumeráveis representações do sofrimento e penas. Nada era justo, não existia nenhum pensamento tranquilizante, como aquele da justiça divina. Ví como colunas de um templo tenebroso e horrível.
Depois, de repente, alguma coisa mudou, foram abertos os portões dos anjos, houve um contraste; fugas, ofensas, gritos e lamentos. Anjos singulares espantavam uma banda de espiritos máus.
Todos devia reconhecer Jesus e adora-lo.

Este era o tormento dos danados. Uma grande quantidade desses foi accorentada em círculos junto aos outros. No centro do templo se achava um abismo envolvido de trevas, Lucifer foi accorentado e jogado dentro, enquanto se elevava um escuro vapor. Tais acontecimentos sucediam devido às determinadas leis divinas.

Se não me engano,sentí que Lucifer será libertado e lhe serão tiradas as correntes cincoenta ou sessenta anos antes do ano dois mil depois de Cristo, por um certo periodo. Sentí que outros acontecimentos teriam vindo em tempos determinados, mas que agora esquecí. Algumas almas danadas deviam ser libertadas para continuar a crescer a pena de serem induzidas em tentação e extinguir os mundanos.
Eu creio que isto aconteça na nossa época, pelo menos, para alguns deles; outros serão libertados no futuro".